após alguns meses de sossego neste espaço as saudades apertam e emerge uma necessidade de marcar uma data de reabertura...
o blog será remodelado e reabrirá a
2008.01.03
terça-feira, dezembro 11, 2007
sexta-feira, julho 13, 2007
Obrigado Tania!
Aqui fica o resultado do desafio que me lançaste.
Este é o 'desafio da página 161' e estas são as regras:
1. Pegar no livro mais próximo
2. Abri-lo na página 161
3. Procurar a 5ª frase completa
4. Colocar a frase no blog
5. Não vale procurar o melhor livro que têm, usem o mais próximo
6. Passar o desafio a cinco pessoas.
A minha frase:
"Além disso, um francês e uma menina russa, em geral, constituem uma associação tal, mister Astley, que o senhor e eu somos incapazes de resolver ou compreender até ao fim."
O JOGADOR, Dostoiévski
O desafio fica para a moranga, raquel, kanella, margarida e a visitante misteriosa nadie.
segunda-feira, julho 02, 2007
Se tanto me dói que as coisas passem
É porque cada instante em mim foi vivo
Na luta por um bem definitivo
Em que as coisas de amor se eternizassem.
Sophia
à s
domingo, junho 24, 2007
Não sei se isto é amor. Procuro o teu olhar,
Se alguma dor me fere, em busca de um abrigo:
E apesar disso, crê! nunca pensei num lar
Onde fosses feliz, e eu feliz contigo.
Por ti nunca chorei nenhum ideal desfeito.
E nunca te escrevi nenhuns versos românticos.
Nem depois de acordar te procurei no leito
Como a esposa sensual do Cântico dos Cânticos.
Se é amar-te não sei. Não sei se te idealizo
A tua cor sadia, o teu sorriso terno...
Mas sinto-me sorrir de ver esse sorriso
Que me penetra bem, como este sol de Inverno.
Passo contigo a tarde e sempre sem receio
Da luz crepuscular, que enerva, que provoca.
Eu não demoro o olhar na curva do teu seio
Nem me lembrei jamais de te beijar na boca.
Eu não sei se é amor. Será talvez começo...
Eu não sei que mudança a minha alma pressente...
Amor não sei se o é, mas sei que te estremeço.
Que adoecia talvez de te saber doente
Clepsidra
Camilo Pessanha
domingo, junho 17, 2007
Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa, ou como o sino que tine.
Ainda que eu tivesse o dom de profecia, e conhecesse os mistérios e toda a ciência, e ainda que eu tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para o sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é paciente, é benigno. O amor não inveja, não se vangloria, não se ensoberbece.
Não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal.
O amor não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade.
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca falha.
[agape]
_
1 Coríntios, cap. 13
domingo, junho 10, 2007
Transforma-se o amador na cousa amada,
Por virtude do muito imaginar;
Não tenho logo mais que desejar,
Pois em mim tenho a parte desejada.
Se nela está minha alma transformada,
Que mais deseja o corpo de alcançar?
Em si sòmente pode descansar,
Pois consigo tal alma está liada.
Mas esta linda e pura semideia,
Que, como o acidente em seu sujeito,
Assim co'a alma minha se conforma,
Está no pensamento como ideia;
[E] o vivo e puro amor de que sou feito,
Como a matéria simples busca a forma.
[Soneto]
"Eu sou o Alfa e o Ómega, o princípio e o fim, aquele que é, que era e que há-de vir, o Todo poderoso."
Jesus Cristo
quarta-feira, maio 23, 2007
Shall I compare thee to a summer's day?
Thou art more lovely and more temperate.
Rough winds do shake the darling buds of May,
And summer's lease hath all too short a date.
Sometime too hot the eye of heaven shines,
And often is his gold complexion dimm'd;
And every fair from fair some time declines,
By chance, or nature's changing course, untrimm'd;
But thy eternal summer shall not fade
Nor lose possession of that fair thou ow’st;
Nor shall Death brag thou wand'rest in his shade,
When in eternal lines to time thou grow'st:
So long as men can breathe or eyes can see,
So long lives this, and this gives life to thee.
William Shakespeare
domingo, abril 22, 2007
"Para um amor se tornar inesquecível é preciso que, desde o primeiro momento, os acasos se reúnam nele como os pássaros nos ombros de São Francisco de Assis."
Milan Kundera
quarta-feira, março 28, 2007
Eis novamente a tua história,
Sem novidade, sem frescura,
Relata, sem enfeites, a glória
De uma infância sincera e dura,
Vivida por uma vida
Que não soube como acabar.
Nunca fugiste à ternura
Nem aos males da memória.
O que tomaram por loucura
Creste, e viveste como victória.
Transformaste a despedida
Em sinónimo de amar...
2007.03.20
quinta-feira, fevereiro 22, 2007
Ó sino da minha aldeia,
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro da minha alma.
E é tão lento o teu soar,
Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida.
Por mais que me tanjas perto
Quando passo, sempre errante,
És para mim como um sonho,
Soas-me na alma distante.
A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.
F. Pessoa